quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comunicação e Interações Humanas

Comunicação e Interações Humanas

A comunicação é imprescindível ao ser humano, é por meio dela que conseguimos entender nosso passado e consequentemente por ela também, deixaremos nossas marcas para sermos compreendidos pelas futuras gerações.
O homem, ser social que é , necessita da comunicação realizada de maneiras diversas, são mensagens que são enviadas, recebidas, por meio de gestos, sons escritas e cores, que faz a cultura de um povo, passada de geração à geração, no dia-a-dia, dentro das famílias, nas escolas, no trabalho e no meio social em que vivem.
Constata -se que cada criança quando chega à escola traz consigo experiências sobre a linguagem oral que aprendeu no ambiente familiar e social em que vive. E já ao iniciar a alfabetização tem um determinado domínio da língua. Em nosso país a língua falada é o português e a escola que a maioria da população frequenta é a pública, que acolhe alunos provenientes de muitas regiões, de situações sociais e culturais diversas; que carregam consigo maneiras diferentes de falar e de usar a língua portuguesa – são os dialetos.
Esses dialetos apesar de serem semelhantes, mostram-se como línguas específicas, com sua gramática, sua lógica e adequação social.
Observa-se que não existe um padrão correto, o que existe é um padrão das classes dominantes, ou de prestígio. Então, o uso dessa variedade lingüística não é considerada um erro e sim uma diferença pela utilização de um outro dialeto.
Sabe-se que não se fala errado o português e sim de maneiras diferentes, contudo, a escola mantém uma postura rígida perante essa questão, o que muitas vezes causa aos alunos além de um certo constrangimento a dificuldade de fazer uma substituição de sua língua usual, a não padrão, pela utilizada na escola, a padrão, que para ele é desconhecida o que torna a aprendizagem um processo difícil.
A escola deve ter professores qualificados, conhecedores do ensino de linguagem para intervir conscientizando os aprendizes que não há dialetos superiores e inferiores, e que as crianças vindas de camadas mais pobres não são menos inteligentes por apresentarem uma linguagem oral diferenciada.
Ao se procurar relações entre aprendizagem da língua materna e variedades lingüísticas, devem ser consideradas as variedades sócio-culturais para que se pense na questão: a integração entre sociedade, escola e aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem acontecem porque a linguagem utilizada na escola deixa clara as diferenças entre os grupos sociais, acontece assim a discriminação e até o fracasso , pois essa linguagem das camadas populares provoca preconceitos lingüísticos que levam à dificuldade de aprendizagem.

A língua “padrão” e prestigiada socialmente é a que a escola ensina e exige-se que dela se faça uso. Observa-se então, que a escola não aceita os diversos dialetos, não permitindo assim, espaço para o diferente que não é valorizado.
O que deveria existir é o respeito às formas do aluno falar, isso implicaria no ensinamento da linguagem padrão não como a única forma correta, mas, uma possibilidadede de uso da língua, apropriada à determinadas situações.
A escola necessita ensinar a norma culta à quem não faz uso dela, porém num processo mais longo e não partindo dela como acontece, pois isso dificulta a aprendizagem de alunos que não conhecem a língua padrão.
Sabe-se que para o ensinamento da linguagem há que se ter um entendimento de como fazê-lo, porque existem alguns equívocos por parte de educadores atribuindo aos alunos de classes menos favorecidas culturalmente, déficits cognitivos.
Contudo, esclarece-se que o ensino de língua deve valorizar o uso da língua em diferentes situações ou contextos sociais, com sua diversidade de funções e sua variedade de estilos e modos de fala.






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