sábado, 18 de abril de 2009

A relaçao de "Uma pedagogia da Autonomia" com a formação de um sujeito ético-político

O homem é por natureza um ser político, uma pedagogia da autonomia embasa ou fundamenta uma prática educacional que formará um sujeito ético-político.

Uma pedagogia da autonomia está associada com a formação de um sujeito ético-político, pois tem como fundamento “tratar o ser humano na sua totalidade” ou seja, como um ser de ação. Que trabalha, sonha, gera conhecimentos, tem competência criadora é capaz de projetar seu futuro. Considera-o um ser pensante, que reflete, critica, é objetivo, problematiza e consegue solucionar problemas de forma ética.
Permitindo ao educando seu desenvolvimento de maneira plena, oferecendo recursos para que ele compreenda o mundo e venha a tranformá-lo para melhor, respeitando as pessoas, é certo que está se formando um sujeito ético-político.
Aqui no Brasil há um longo caminho a se percorrer para uma pedagogia da autonomia, sabemos que a educação aqui, caminha a passos lentos.
Nos deparamos ainda com profissionais que vêem o educando como um mero expectador, que passam conhecimento sem que haja interatividade, o que é pior, não consideram o conhecimento que o aluno traz consigo.
Sabemos que há educadores comprometidos com seu ofício, que estão numa constante busca de aperfeiçoamento, porém necessitamos mais. Porque além de professores capacitados o governo tem de tratar a educação com mais seriedade, ela é fundamental para o desenvolvimento e crescimento de uma sociedade ativa, justa , humana e democrática.
Se isso já viesse acontecendo, não existiria tanta exclusão, marginalidade, violência, miséria e políticos corruptos. Essas constatações são reflexos de uma educação que visa interesses políticos e até particulares, não o “educando” na sua essência.
Dentro de uma pedagogia da autonomia não existe espaço para injustiças e discriminações, é verdade que há limites que devem ser respeitados, porque o homem não cresce sem que eles existam, a autoridade se faz necessária.
Há que se esclarecer que os limites estão intimamente ligados à autoridade e não ao autoritarismo, com já vimos em outras pedagogias.
Portanto, uma pedagogia da autonomia oferece um educador que pensa, saiba como desempenhar sua função, permitindo que o educando seja o sujeito da sua própria aprendizagem, que nele sejam trabalhados conceitos, valores de uma pessoa de bem, que realmente venha exercer sua cidadania.
Assim, com essa prática intencionalizada formará-se um “sujeito ético-político” que contribuirá a partir de sua própria especificidade para a construção de uma humanidade modificada, pois, o futuro só será melhor , se houver uma tranformação do presente.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Relação entre os ensinamentos de Paulo Freire e a questão dos Paradigmas na educação.

Em sua obra Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire preocupou-se com educadores formados, em formação e educandos. Ele relata propostas de práticas pedagógicas que são imprescindíveis à construção da autonomia dos educandos.
Deixa claro que “formar” não é “informar”, não é transferir conhecimento, podemos observar nesse pensamento à preocupação dele em relação ao Paradigma Ontológico do saber e, que determina que o adulto detém o conhecimento, ensina uma criança, que irá te-lo como referência, modelo, e deverá segui-lo, absorvendo o conhecimento que ele tem como o correto, único e acabado.
Mostra a necessidade de segurança do conhecimento do educador para que tenha competência profissional, autoridade e liberdade no desenvolvimento de suas aulas. Afirma que a aprendizagem acontece em meio a indagações, questionamentos, interesse dos educandos, instigados pela dedicação, comprometimento, atuação efetiva e “afetiva” do educador e não pelo silêncio dos silenciados.

Esclarece que existe a necessidade de uma constante reflexão sobre a prática educativa, contudo, para que a reflexão seja crítica o educador deverá ser, indiscutivelmente inquieto em sua busca, pesquisar sempre, para constatar, intervir, educar e se educar. Essa busca nos mostra as quebras de Paradigmas que são necessárias pra se avançar como educador competente.

Propõe que o educador respeite os saberes do educando, ou seja, considere seu conhecimento prévio acerca do conteúdo a ser trabalhado, dos saberes socialmente adquiridos na prática comunitária; aproxime os conteúdos da realidade por ele vivida, oportunizando discussões, sugestionando resoluções dos problemas sociais que as comunidades carentes enfrentam e a desigualdade que as circundam. Nesta citação o autor nos lembra do Paradigma da Modernidade colocando-se totalmente contra esse Paradigma,
que considera o aluno uma folha em branco, que será preenchida com muita memorização e treino.

Conclui-se, que o autor esteve constantemente preocupado com as quebras de alguns Paradigmas que impedem os avanços da Educação, esclarecendo que o Paradigma da Neomodernidade seria o ideal para o Ensino de nossas crianças, porque neste Paradigma a escola passa a considerar o aluno em sua totalidade, preocupando-se com seu bem estar físico, emocional e social. Oferece um ambiente escolar acolhedor e estimulador para a aprendizagem do aluno. E o professor, perde o papel de “único” detentor do conhecimento, pois quem ensina, aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao aprender, enfatizando que os dois (educadores e educandos) caminham juntos no processo de construção da aprendizagem. Que o educador oportuniza ao educando sua própria produção de conhecimento, mediando o diálogo entre ensino – aprendizagem.

Afirma que um educador que se preocupa com sua capacitação profissional contínua e atuante, fará com que a curiosidade de sua clientela passe de ingenuidade do senso comum ao senso crítico, ou seja, à curiosidade epistemológica, repleta de criticidade e para que isso aconteça há a necessidade de se quebrar Paradigmas, de se abrir para o que existe de Novo em educação.

Paulo Freire afirma que aos educadores cabe a tarefa de conduzir o corpo discente em prol de uma sociedade mais justa e de valores igualitários, pois além de educar, estarão conscientizando e orientando futuros cidadãos, que lutarão por seus ideais, defenderão seus direitos, batalha essa que deverá ter fundamentação numa “pedagogia da autonomia .” Que “ensinar” exige humildade, tolerância, luta em defesa do educando, que valores como simplicidade, humanitarismo, esperança e bom senso fazem parte do processo educativo, ensinar também exige convicção de que a mudança é possível e a história deve ser vista como uma possibilidade e não determinação, que somos sujeitos e não objetos dessa história,conhecemos o mundo, somos parte dele, portanto somos agentes participativos e podemos transformá-lo.

Para tanto, ao assumir o compromisso de “educar” o professor o faça com ética, amor e alegria. Pois as mudanças e renovações da sociedade brasileira no futuro partirão das crianças que hoje educamos. Dos valores que a elas ensinamos.


O Ensino de Educação Física

Sabe-se que o Ensino de educação Física hoje aborda muitos conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo, do movimento.
A Educação Física é fundamental para o desenvolvimento de afetos e emoções, na expressão de sentimentos, noção espacial, espaço-temporal e com a finalidade de lazer. Conteúdos esses, que auxiliam imensamente no processo de aprendizagem da criança como um todo e oferecem por meio de jogo, esporte, dança, ginástica e luta, benefícios fisiológicos e psicológicos que possibilitam ao aluno o acesso a conhecimentos práticos e conceituais que levará consigo para toda a vida, que irá contribuir para a construção do conhecimento de sua motricidade e irá oferecer instrumentos para que seja capaz de aprecia-la e criticá-la.
Pensando dessa maneira, ao aprender, o aluno passa a conhecer que é condição humana analisar, organizar, identificar, contextualizar e relacionar as fontes de conhecimento. Esse aprendizado envolve processos peculiares, individuais de elaboração e reelaboração, construção e reconstrução, criação e recriação de uma forma ativa e crítica de um conhecimento.
No início da escolaridade, o aluno possui uma enorme necessidade de movimentar-se, e estão adaptando-se à períodos mais longos de concentração em atividades escolares, e muitas vezes, além do período de intervalo, a criança não tem outra oportunidade em movimentar-se a não ser na hora das aulas de Educação Física, isso gera uma excitação no aluno, que torna difícil o desenvolvimento da aula. Então, cabe ao professor ensinar o grupo a organizar-se, pois, isso também um objeto de ensino e aprendizagem; distribuir-se no espaço, organizar-se em grupos, arrumar materiais, são procedimentos que favorecem o desenvolvimento das capacidades e habilidades que se espera para essa idade.
As atividades de ocupação de espaço, os jogos, devem ter lugar de destaque nos conteúdos, pois permitem que se ampliem as possibilidades de se posicionar melhor e compreender os próprios deslocamentos, construindo representações mentais mais elaboradas.
Define-se que o conhecimento ao qual a Educação Física se propõe, firma-se numa concepção de aprendizagem que parte de situações globais, amplas e diversificadas em direção às práticas corporais sociais, mais significativas que exigem movimentos mais específicos, precisos e sistematizados. É importante incluir no processo de aprendizagem, além das questões relativas ao movimento em si, os contextos pessoais, culturais e sociais que extrapole a própria situação escolar.
Hoje a Educação Física trabalha a complexidade das relações entre corpo e mente num contexto sociocultural, seu princípio é a igualdade de oportunidades para que todos os alunos possam desenvolver suas potencialidades.
Para que o aluno avance em suas aprendizagens, o professor deve criar situações que solicitem dele a resolução de problemas, seja no plano motor, na organização de estratégias na elaboração de uma regra. Para tanto, as atividades a serem escolhidas pelo professor devem atender as necessidades dos alunos para aquela faixa etária.
Conclui-se que ao assumir que a cultura de movimento produz-se e transforma-se diferentemente em função de significados e intencionalidade específicos, não é possível defender o desenvolvimento da Educação Física escolar de um modo unilateral, centralizado e universal. Pelo contrário, defende-se que a Educação Física escolar deva trabalhar com grandes eixos de conteúdos, resumidos e expressos no jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rítmica. A própria tradição da Educação Física mostra a presença esses conteúdos – ou, pelo menos, de parte deles – em todos os programas escolares, e esse fato não pode ser explicado por mera convenção ou justificado por necessidades orgânicas do ser humano. Afirmar que a ginástica existe porque faz bem ao corpo implica reduzir e explicar um fenômeno histórico pelo seu benefício, trocando a conseqüência pela causa.

O Ensino de Nove Anos

Pode-se observar por meio do questionário aplicado à uma professora do nosso município, que o Ensino Fundamental de Nove anos ainda não é uma realidade em nossa região. É certo que há uma escola da rede particular iniciando este processo. Porém, há questionamentos e dúvidas a respeito desta mudança.
Sabe-se que a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos já é discutida desde o início do ano de 2004, contudo, a aprovação da lei de número 11.264, foi fevereiro de 2006, assim o projeto também foi sancionado.
O objetivo do MEC é que todas as crianças de seis anos, sem distinção de classe, sejam matriculadas na escola, desta maneira teremos mais crianças nas escolas com maior tempo de escolaridade.
Certamente uma mudança em tais proporções acarretará modificações em todo o sistema. O Currículo e o Conteúdo terão um novo modelo que visará um trabalho de forma mais lúdica,, levando em consideração as características de cada criança, respeitando seu ritmo de aprendizagem.
Os professores, segundo o MEC, já recebem capacitações por meio de documentos, orientações e cursos de atualização.
A Avaliação, bem como a Metodologia, sofrerão alterações, pois o MEC quer acabar com a prática tradicional de avaliação por notas e conceitos. Portanto, a avaliação será realizada por meio da observação diária, registros feitos pelo professor, considerando o lúdico como forma própria de as crianças construírem e reconstruírem conhecimentos, respeitando o tempo de aprendizagem do aluno que será aumentado.
As matrículas para se iniciar a Educação Fundamental de Nove anos, dependerá de cada estabelecimento de ensino, que deverá estabelecer um tempo de transição entre os dois modelos. O ensino de oito anos deve ser oferecido aos alunos que já estão cursando o Ensino Fundamental.
O momento correto de ingresso da criança no Ensino de nove anos, de acordo com o MEC, depende da idade, se a crianças cursou o último ano da pré - escola e tiver seis anos de idade incompletos, deve cursar a segunda série, desta forma, não se caracteriza um retrocesso no sistema educacional. Já a criança que cursou o último ano da pré-escola e tiver menos de seis anos de idade, deve ingressar na primeira série, seguindo as orientações do Ministério da educação e Cultura.
O MEC, orienta aos Municípios para não utilizarem instituições de educação Infantil para atender o Ensino Fundamental de nove anos, a não ser em caráter provisório, para evitar algumas confusões, pois, segundo ele, os conteúdos abordados no último ano da pré-escola e no primeiro ano do ensino de nove anos são diferentes.
Com o aumento do tempo da alfabetização a criança terá um período maior para construir seu conhecimento, terá uma avaliação própria deste processo de ensino – aprendizagem, pautada na observação, registro e reflexão constantes de seu desempenho e avanços na sua aprendizagem.
Conclui-se que a maioria das escolas ainda não adotou o Ensino Fundamental de nove anos, mas já existe um movimento significativo em muitos Estado e Municípios, porque o prazo estabelecido para que todas as instituições estruturem-se para atender aos alunos é de até 2010.
Evidencia-se que esta mudança requer adequação à faixa etária das crianças que ingressam neste momento de transição. Esta ampliação vai alterar o processo educativo em vários aspectos; proposta pedagógica, currículo, organização de espaços físicos, materiais didáticos e aspectos financeiros, lembrando também que as diretrizes da educação Infantil necessitarão de uma reelaboração.
Todas as medidas que são tomadas para a valorização do Ensino, visando a melhoria na vida escolar de nossas crianças, devem ser encaradas com muita seriedade e comprometimento de todos, sejam governantes, pais, professores, pois somente um trabalho realizado por “todos” terá sucesso.

O Erro do aluno e as posturas adotadas pelo professor

Sabe-se que o castigo escolar quase sempre esteve relacionado ao erro. Essa concepção de Ensino e Aprendizagem pressupunha que a aprendizagem acontecia de maneira cumulativa, apoiava-se na idéia de estímulo e respostas, memorização, repetição, enfim, fixar na memória, sem considerar de como se dava a construção do conhecimento. Portanto, o erro era evitado a qualquer custo para não ser fixado.
Quando o aluno errava, era castigado fisicamente e ridicularizado perante os colegas. Os professores não procuravam saber a origem do erro, mesmo porque não estavam preparados para isso. A Educação era muito Tradicional , não havia reflexão a seu respeito. Então, os professores “ensinavam” da mesma forma que haviam aprendido.
Quando a Prática Pedagógica de qualquer professor é analisada, pode-se observar que por trás das suas ações, existe um grupo de idéias que as orienta. Muitas vezes, o professor não tem consciência das suas concepções e idéias, mas elas estão presentes em sua prática.
Após tantos anos de estudos acerca de como se dá a aprendizagem e inúmeros cursos de capacitação aos professores, a concepção de ensino-aprendizagem mudou. É certo que o processo é lento, porém já fez grande progresso.
Hoje, o aluno é considerado como um sujeito protagonista do seu processo de aprendizagem, alguém que vai transformar a informação para poder assimilá-la. Ele é capaz de refletir, inferir, estabelecer relações, processar e compreender informações, tranformando-as em conhecimento próprio, ou seja, construindo seu próprio conhecimento.
Para que o processo de aprendizagem aconteça, haverá certamente “erros”, considerados cosntrutivos para que a criança construa seu conhecimento, esses erros são fundamentais para o professor fazer seu diagnóstico, fazer planejamentos, elaborar as atividades e refletir sobre as intervenções que fará, para que o aluno avance em sua aprendizagem.
É possível que ainda hoje em pleno século XXI, haja professores que castiguem seus alunos veladamente, porém, são minoria pois o professor já compreendeu que seu papel não é apenas de passar informações, mas, sim o papel de mediador, buscando sempre situações de aprendizagens positivas, desafiadoras, que propiciem aos alunos o avanço em sua aprendizagem.






O Ensino de Natureza e Sociedade na Educação Infantil.

Sabe-se que na educação infantil, as crianças ainda não estão alfabetizadas, então, elas deverão vivenciar experiências, interagir com o meio natural e social. Desta maneira elas aprendem sobre o mundo, procurando respostas às seus questionamentos, porque elas são muito curiosas e investigadoras.

Muitos temas interessantes podem ser trabalhados com as crianças, histórias de outros tempos, heróis, castelos, pequenos animais e outros. É importante que o professor propicie às crianças as explorações de idéias e depois compare-as com as que são propostas pela ciências. Bem como não utilizar muito a terminologia técnica que poderá dificultar maior compreensão por parte dos pequenos.

Deve-se ter cuidado ao trabalhar os conteúdos, ao elaborar as atividades, pois muitas vezes os temas não ganham a profundidade nem a importância e cuidado necessário e acabam por não oferecer a construção de conhecimento das crianças, deixando de valorizar até mesmo o que elas já sabem.

O trabalho com os conhecimentos oriundos das Ciências Humanas e Naturais, deve ser voltado para a ampliação das experiências das crianças e que assim elas possam construir conhecimentos diversos a respeito do meio social e natural.

As crianças tomam consciência do mundo, de maneiras diferentes a cada etapa de seu desenvolvimento, as transformações que acontecem em seu pensamento influenciam no desenvolvimento da linguagem e suas capacidades de expressão.

Em seus primeiros anos de vida a criança constrói conhecimentos práticos, com vivências e ações do seu dia- a - dia, na creche ou jardim de infância e também no convívio com a família. Pois suas representações e noções sobre o mundo estão diretamente associadas aos objetos concretos, da realidade conhecida, observada, sentida e vivenciada.

Afirma-se que quanto maior a variedade de experiências cotidianas pelas quais passam as crianças, maior também será o processo de reconstrução que propiciará mudanças positivas nas estruturas de pensamento e linguagem delas.

É por meio do brincar, do faz - de - conta que as crianças refletem sobre o mundo, constroem novos significados, constroem s conhecimento sobre si mesmas, sobre outras pessoas, sobre lugares, formulam hipóteses e fazem seus questionamentos.

É de extrema importância que a escola de educação infantil, bem como os educadores que ali trabalham, tenham os objetivos claros ao se trabalhar com os pequenos.

Explorar o ambiente, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas, objetos diversos, estimulando a curiosidade e o interesse, isso para as crianças de zero a três anos. Já para as crianças de quatro a seis anos, deve-se garantir que elas aprendam a interessar-se pelo mundo social e natural, imaginar soluções para compreendê-lo. Estabelecer algumas relações sobre o modo de vida de seu grupo social e de outros grupos, estabelecer relações entre o meio e as formas de vida que ali se existam, valorizar a preservação das espécies e qualidade da vida humana.

Para que os objetivos sejam alcançados, deve-se oferecer às crianças atividades que envolvam brincadeiras, jogos, canções, explorações de diferentes objetos, conhecimento do próprio corpo por meio do uso da exploração de habilidades físicas, motoras e perceptivas.

Conclui-se que são muitos os papéis do professor; ele é o facilitador, que cria ambientes propícios para uma boa aprendizagem, também o catalisador, que desperta o poder intelectual da criança, estimula e a encoraja, o consultor que observa, ouve, espera o tempo necessário para que a criança reflita sobre o problema e com sua ajuda consiga resolve-lo. E o de modelo, que expõe para as crianças a importância da criatividade, da persistência, e curiosidade de aprendizes que foram bem sucedidos. Não pode-se esquecer que esse professor modelo deve realmente ser um modelo para seus alunos,pois as crianças procuram imitar as atitudes de seu professor. Portanto, essa influência deverá agregar valores às crianças, não o contrário.

Não se pode esquecer também que o professor irá avaliar seu aluno, para tanto deverá refletir ao fazer tal avaliação, pois ela é diária, contínua e processual. É importante que ele conheça muito bem o processo de aprendizagem ao qual se encontram os alunos. Para isso ele deve contar com seus registros, prática essa, que tem de se fazer presente, diariamente na vida do professor. O registro é um documento da vida escolar de todos, por isso contém informações preciosas sobre a aprendizagem de toda a turma. Vale lembrar, que esses registros são realizados para cada aluno individualmente, pois cada criança tem seu ritmo de construção de conhecimento e suas peculiaridades, que necessitam ser respeitadas.


Uma experiência estética para não esquecer!!!

Relato da Experiência Estética:
Em nossas vidas passamos por várias experiências estéticas, porém, umas são mais marcantes que outras. A minha experiência estética que relatarei, aconteceu num parque de diversões.
Fui ao parque de diversões numa excursão com amigos e colegas de trabalho. Chegando ao tal parque, fui me adiantando com os colegas, contando à eles o pavor que tenho de altura e que na verdade eu estava ali somente para acompanha-los, que não iria nos brinquedos mais radicais. Pois bem, quando adentramos ao parque nos dividimos em pequenos grupos e eu fiquei com o grupo que entrou na fila para ir à montanha russa.
Quando me dei conta já estava bem próxima ao brinquedo, olhei para aquelas enormes instalações encarei como um grande desafio senão o maior da minha vida, ultrapassando barreiras que durante todo o tempo evitei. Sentei no brinquedo e lá fui eu. Meu Deus! A primeira descida pareceu-me um mergulho para a morte, a sensação do corpo naquela velocidade, a uma altura enorme, e aquele sobe e desce parecia que ia durar uma eternidade.
Quando o brinquedo parou, saí meio atordoada, mas, numa alegria! Eu na verdade havia vivenciado uma experiência única, senti um misto de emoções e pude conhecer o que chamamos de adrenalina. Foi quase indescritível tudo o que senti durante o percurso.
Até hoje quando lembro - me, ainda consigo sentir aquela sensação. Foi realmente uma experiência muito gratificante!

“A educação da criança de 0 a 2 anos”

Sabe-se do grande avanço em relação à educação infantil, pois historicamente a criança não era percebida em sua plenitude. Hoje, após um longo período, constata-se a importância de uma infância saudável para o desenvolvimento do ser humano.
Por meio das entrevistas realizadas com profissionais dessa área, em nosso município, observou-se que muitas mudanças foram realizadas positivamente, portanto existe ainda um dos maiores desafios, que é a capacitação adequada aos profissionais que atuam diretamente com nossas crianças. É sabido que esses profissionais têm até boa vontade em relação ao trabalho realizado com as crianças, mas estão aquém de uma qualificação adequada e amparada por lei.
De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, a criança só terá um desenvolvimento integral se, as instituições oferecerem não apenas segurança e tranqüilidade, mas, informações e aprendizagens que sejam significativas para ela. E para isso, partem de alguns princípios, aos quais todas as instituições de Educação Infantil devem estar fundamentadas: o respeito à dignidade, o direito às brincadeiras, o acesso aos bens socioculturais e à socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversas práticas sociais.
As atividades planejadas para serem desenvolvidas com as crianças devem apresentar-se de maneira lúdica, porém embasadas em situações pedagógicas.
Piaget (1975), afirma que as crianças constroem seu próprio conhecimento de mundo, a partir de suas atividades motoras sensoriais, ele reconhece esta etapa do desenvolvimento, de fundamental importância para aprendizagens futuras.
Dessa maneira cada Instituição deverá elaborar a sua proposta curricular, priorizando brincadeiras no espaço interno ou externo, roda de história, roda de conversa, ateliês e oficinas de desenhos, pinturas, modelagens e música.
Os jogos, brinquedos e brincadeiras se constituem em atividades básicas que, por um lado, contribuem para o desenvolvimento físico, motor, emocional e por outro lado, podem servir de laboratório onde se pratica e aprende as regras da sociedade em que vivemos e para qual deve-se apresentar uma parcela de contribuição.
Para Oliveira (2002), a brincadeira oferece o equilíbrio afetivo da criança e contribui para o processo de apropriação de signos sociais. Cria condições para uma transformação significativa da consciência infantil, por exigir das crianças formas mais complexas de relacionamento com o mundo.
Define-se também que o projeto político-pedagógico de cada centro de educação infantil comtemple o “cuidar e o educar” que como já vimos são indissociáveis. E por meio desse projeto se expresse concepções que revelem a visão de mundo e compreensão dos educadores sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, sobre os conhecimentos que cada grupo etário precisa desenvolver no período em que lá estiver.
Para que um Centro de Educação Infantil desenvolva um trabalho de excelência sabe-se que muitas competências devem ser construídas, principalmente pelo professor que atua diretamente com os pequenos. Já, os diretores e coordenadores pedagógicos são os responsáveis por elaborar e sistematizar a formação permanente dos professores, implementando projetos de formação que permitam a construção passo a passo das competências, para assim garantir a qualidade do atendimento às crianças.
Enquanto educadores, podemos concluir que se formos capazes de perceber a dimensão qualitativa do ato de brincar das crianças, quem sabe, em um futuro próximo, tenhamos adultos mais felizes.






Sobre o capítulo 38 do livro – Os fazeres na Educação infantil

Os fazeres na Educação infantil - “Comer, comer... comer, comer...é o melhor para poder crescer...”

Sabemos que até bem pouco tempo atrás, a alimentação das crianças era uma tarefa que cabia à família, mais precisamente à mãe.
Porém, com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, houve modificações no modelo familiar, o que levou a escola adaptar-se para receber nas creches, crianças muito pequenas e conseqüentemente a alimentação das mesmas.
Tanto a família quanto a escola educam, devem ser parceiras, pois suas funções são diferentes, mas, uma complementa a outra. A relação entre família e escola deve acontecer com ações respeitosas de ambos os lados.
No ato da matrícula há a necessidade de se levantar um histórico do processo alimentar da criança, suas preferências a até eventuais riscos e agravos à saúde que a família já tenha detectado.
Alguns cuidados deve se ter com as necessidades nutricionais diferenciadas de cada faixa etária, porque a alimentação de um bebê de três meses, não pode ser a mesma quando ele tiver completado uma ano, por exemplo, a mudanças é rápida, desde a variação de textura da alimentação até a quantidade.
Todos esses procedimentos têm ser acompanhados de nutricionistas e pediatras, bem como a elaboração de cardápios que deve ser variado, adequado às diferentes idades das crianças e diferentes necessidades.
O cardápio tem de garantir qualidade dos produtos, quantidade dos alimentos, variedades dos produtos e sua preparação, adequação ao clima, idade das crianças, condições fisiológicas e cultura regional.
É de fundamental importância que os profissionais que participam da preparação e manipulação dos alimentos, recebam formação para isso, para evitar contaminação e agravos à saúde das crianças.
“A alimentação humana está diretamente ligada ao conceito de cuidar. A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar o outro a desenvolver suas capacidades.” ( BRASIL, 1998)
Os rituais ligados à alimentação baseiam-se na necessidade do homem associar-se, portanto a rotina de alimentação de um centro de educação infantil é uma ótima oportunidade para o exercício do cuidado porque ela é coletiva, cheia de rituais, e de maneira geral, prazerosa.
Cabe ao educador e aos demais funcionários dos centros de educação infantil, alimentar os pequenos quando esses ainda não conseguem alimentar-se sozinhos, ajudar e orientar aqueles que já estão começando a alimentar-se sozinhos, pois dessa maneira as crianças vão adquirindo sua autonomia, treinando o uso adequado de talheres, regras de comportamento à mesa e inclusive a perceber quando já estão satisfeitas. Já com crianças maiores, é importante incentivar que elas mesmas se sirvam, pois essa prática a levará decidir o que comer, a organização dos alimentos no prato, essas atividades requerem planejamento, seqüências passo a passo e intervenções por parte do educador.
Para que as atividades propostas pelo professor sejam realizadas da melhor maneira, é importante que o educador estabeleça combinados com as crianças, essa estratégia ajuda a resolver situações difíceis que possam surgir ao desenvolverem tais tarefas.
Entendemos que um centro de educação infantil ou creche deve contar com um diretor e um coordenador pedagógico e eles são os responsáveis por estruturarem o seu funcionamento , buscando melhorias em todos os atendimentos realizados naquele espaço.
Uma escola comprometida e cuidadosa é aquela que considera seus alunos capazes, que respeita suas histórias e preferências, integra saberes da cultura de seus alunos, respeita as diferenças, oferece informações de outras culturas, outros hábitos, permitindo que cada aluno experimente e reflita, sendo assim sujeito e produtor de conhecimento, que vai agregar valores
à sua vida.

Comunicação e Interações Humanas

Comunicação e Interações Humanas

A comunicação é imprescindível ao ser humano, é por meio dela que conseguimos entender nosso passado e consequentemente por ela também, deixaremos nossas marcas para sermos compreendidos pelas futuras gerações.
O homem, ser social que é , necessita da comunicação realizada de maneiras diversas, são mensagens que são enviadas, recebidas, por meio de gestos, sons escritas e cores, que faz a cultura de um povo, passada de geração à geração, no dia-a-dia, dentro das famílias, nas escolas, no trabalho e no meio social em que vivem.
Constata -se que cada criança quando chega à escola traz consigo experiências sobre a linguagem oral que aprendeu no ambiente familiar e social em que vive. E já ao iniciar a alfabetização tem um determinado domínio da língua. Em nosso país a língua falada é o português e a escola que a maioria da população frequenta é a pública, que acolhe alunos provenientes de muitas regiões, de situações sociais e culturais diversas; que carregam consigo maneiras diferentes de falar e de usar a língua portuguesa – são os dialetos.
Esses dialetos apesar de serem semelhantes, mostram-se como línguas específicas, com sua gramática, sua lógica e adequação social.
Observa-se que não existe um padrão correto, o que existe é um padrão das classes dominantes, ou de prestígio. Então, o uso dessa variedade lingüística não é considerada um erro e sim uma diferença pela utilização de um outro dialeto.
Sabe-se que não se fala errado o português e sim de maneiras diferentes, contudo, a escola mantém uma postura rígida perante essa questão, o que muitas vezes causa aos alunos além de um certo constrangimento a dificuldade de fazer uma substituição de sua língua usual, a não padrão, pela utilizada na escola, a padrão, que para ele é desconhecida o que torna a aprendizagem um processo difícil.
A escola deve ter professores qualificados, conhecedores do ensino de linguagem para intervir conscientizando os aprendizes que não há dialetos superiores e inferiores, e que as crianças vindas de camadas mais pobres não são menos inteligentes por apresentarem uma linguagem oral diferenciada.
Ao se procurar relações entre aprendizagem da língua materna e variedades lingüísticas, devem ser consideradas as variedades sócio-culturais para que se pense na questão: a integração entre sociedade, escola e aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem acontecem porque a linguagem utilizada na escola deixa clara as diferenças entre os grupos sociais, acontece assim a discriminação e até o fracasso , pois essa linguagem das camadas populares provoca preconceitos lingüísticos que levam à dificuldade de aprendizagem.

A língua “padrão” e prestigiada socialmente é a que a escola ensina e exige-se que dela se faça uso. Observa-se então, que a escola não aceita os diversos dialetos, não permitindo assim, espaço para o diferente que não é valorizado.
O que deveria existir é o respeito às formas do aluno falar, isso implicaria no ensinamento da linguagem padrão não como a única forma correta, mas, uma possibilidadede de uso da língua, apropriada à determinadas situações.
A escola necessita ensinar a norma culta à quem não faz uso dela, porém num processo mais longo e não partindo dela como acontece, pois isso dificulta a aprendizagem de alunos que não conhecem a língua padrão.
Sabe-se que para o ensinamento da linguagem há que se ter um entendimento de como fazê-lo, porque existem alguns equívocos por parte de educadores atribuindo aos alunos de classes menos favorecidas culturalmente, déficits cognitivos.
Contudo, esclarece-se que o ensino de língua deve valorizar o uso da língua em diferentes situações ou contextos sociais, com sua diversidade de funções e sua variedade de estilos e modos de fala.






As idéias dos teóricos “Karl Marx”e “Friedrich Engels”- e a visão deles sobre a sociedade e a educação.

Texto dissertativo sobre as idéias dos teóricos “Karl Marx”e “Friedrich Engels”- e a visão deles sobre a sociedade e a educação.



Segundo Karl Marx e Friedrich Engels para transformar a sociedade capitalista que ele considerava injusta, exploratória e desigual, o homem só poderia recuperar sua condição humana se despertasse para a educação, porque somente o conhecimento trazido por meio da educação nas escolas, seria o recurso de fundamental importância na luta dos trabalhadores por uma sociedade igualitária.

Uma de suas grandes contribuições foi a de oferecer aos trabalhadores, informações que explicavam o funcionamento da sociedade capitalista a qual ele já havia investigado e compreendido.

Entendiam que o contato com o processo de produção, o conhecimento das fases de de construção de um produto, era importante aos indivíduos, pois este contato viria confirmar que é o homem, ser social que poderá criar, desenvolver e tranformar o mundo em que vive.

As idéias de Marx e Engels, para o processo educativo era a “educação politécnica”, a relação entre trabalho e ensino, isto é, formação acadêmica juntamente com o trabalho produtivo. Assim então, seria composto o maior e mais seguro caminho para uma transformação social.

Partindo dessa idéia de educação politécnica, criou-se três pontos importantes:
1- O ensino geral abrangeria literatura materna e estrangeira, línguas e ciências, com isso aumentaria o nível de conhecimento, o que possibilitaria aos trabalhadores uma ampla e crítica visão sobre essa sociedade.
2- As atividades físicas deveriam proteger a integridade e o desenvolvimento das crianças.
3- Os estudos tecnológicos ofereceriam o conhecimento científico, que permitiria ao estudante aprender o processo de produçaõ e manuseio de instrumentos de todas as áreas industriais.

Para que esse sistema fosse estabelecido nas escolas, elas teriam de funcionar em tempo integral, porque esse funcionamento propiciaria ao aluno, no primeiro período o aprendizado pedagógico e no segundo período, aquisição do conhecimento do processo produtivo.

Uma educação politécnica, de acordo com Marx e Engels, possibilitaria ao indivíduo um desenvolvimento pleno, a que deu o nome de “hominilateralidade” e não uma formação “unilinear”, ou seja, uma única formação.

Especificaram que somente um ser humano pleno, com formação diversificada, poderia colocar um “fim” à alienação estabelecida no sistema capitalista.

Afirmaram que o ensino deveria ser obrigatório, público, gratuito e universal, principalmente o ensino fundamental, o mesmo, não deveria ser oferecido pelo Estado, porém, o Estado forneceria recursos para a concretização da escola politécnica administrada pelos trabalhadores.

Podemos perceber que as idéias de Marx e Engels influenciaram com certeza a educação dos dias atuais, relacionamos seus pensamentos com os pensamentos do educador Paulo Freire por exemplo, que defendia uma pedagogia da autonomia, e não aceitava desigualdades sociais.

Constatamos que as idéias de Marx e Engels integram a “Constituição” e o “Estatuto da Criança e do Adolescente”, que reza a obrigatoriedade de uma educação pública e gratuita.

Hoje, em nosso Estado, instalou-se em algumas escolas, um programa de educação integral. Porém, ainda não foi oferecido ao educador recursos materiais necessários para um trabalho adequado.

Em meu Município a educação da rede municipal conta com duas escolas com funcionamento semi - integral, também dividida em dois períodos. Essa prática educativa já acontece há quinze anos.

Verificamos então, que ao homem cabe a transformação da sociedade, por meio de sua ação, portanto, para que isso aconteça, nossas crianças devem receber uma educação plena e de altíssima qualidade.